O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que um acordo entre os Estados Unidos e a China foi alcançado em relação ao futuro do TikTok no país. Paralelamente, Trump assinou um decreto que prorroga o prazo para a venda das operações do TikTok nos EUA até dezembro.
Com a extensão, a ByteDance, empresa chinesa proprietária do TikTok, ganha mais 90 dias para finalizar a venda dos ativos da plataforma a investidores americanos. Este prazo já havia sido estendido em três ocasiões anteriores.
“Temos um acordo sobre o TikTok. Temos um grupo de empresas muito grandes que querem comprá-lo”, afirmou Trump, sem apresentar detalhes específicos sobre o acordo. A confirmação formal do acordo está prevista para ocorrer na sexta-feira, durante uma comunicação entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping.
As negociações em torno do TikTok se inserem em um contexto mais amplo de disputas entre os EUA e a China, que abrangem desde tarifas comerciais até regulamentações sobre a exportação de tecnologia.
Autoridades americanas e chinesas chegaram a um acordo preliminar após meses de negociações. A Casa Branca tem acompanhado de perto o processo e participado ativamente das discussões. Estima-se que o acordo seja concluído em até 45 dias e envolva tanto os investidores atuais da ByteDance quanto novos interessados.
Há informações de que o plano é transformar o TikTok nos EUA em uma nova empresa, com sede no país e controle majoritário de investidores americanos.
A venda do TikTok pode requerer aprovação do Congresso. Em 2024, o parlamento americano aprovou uma lei que obriga a ByteDance a ceder o controle das operações da plataforma nos EUA, buscando evitar que o governo chinês tenha acesso a dados de usuários no país.
A ByteDance nega qualquer ligação com o governo chinês e garante que os dados dos usuários americanos são armazenados em servidores da Oracle nos EUA. A empresa afirma ainda que as decisões de moderação são tomadas em território americano.
Embora uma lei obrigue a venda, desde que reassumiu a presidência, Trump evitou aplicá-la, alegando que a legislação poderia gerar insatisfação entre os usuários e afetar a comunicação política. Trump, que possui 15 milhões de seguidores no TikTok, já declarou que a rede social contribuiu para sua vitória nas eleições anteriores. Inclusive, a Casa Branca criou uma conta oficial na plataforma no mês passado.