O sistema de pagamentos instantâneos PIX, desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, registrou um novo recorde de transações na última sexta-feira, dia 5. Foram contabilizadas 290 milhões de operações em um único dia, totalizando um volume financeiro de R$ 164,8 bilhões. Este montante também representa o maior valor já movimentado em um único dia desde a criação do sistema.
O recorde anterior havia sido atingido em junho deste ano, com 276,7 milhões de operações, somando R$ 135,6 bilhões. Segundo o Banco Central, este novo marco demonstra a crescente importância do PIX como infraestrutura digital pública para a economia nacional.
O anúncio do recorde ocorre em um momento de tensão, com o governo dos Estados Unidos intensificando a pressão sobre o sistema de pagamentos brasileiro. Paralelamente ao aumento de tarifas sobre produtos brasileiros, o governo americano iniciou uma investigação comercial alegando supostas práticas desleais, tendo o PIX como um dos principais alvos.
Os Estados Unidos alegam que o Brasil estaria favorecendo serviços de pagamento desenvolvidos pelo governo, em detrimento de empresas americanas de tecnologia que oferecem serviços similares, como Google, Apple e Meta.
Em resposta, o governo brasileiro negou qualquer tipo de discriminação contra fornecedores americanos de serviços de pagamento digital. O governo argumenta que o PIX ampliou a concorrência no setor, além de aumentar a inclusão bancária da população brasileira, tendo recebido elogios de entidades internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Adicionalmente, no mesmo dia em que o PIX atingiu o recorde de transações, o Banco Central anunciou medidas para reforçar a segurança do sistema financeiro nacional. Entre as ações, está a limitação de transferências via PIX realizadas por meio de instituições não autorizadas ou Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTIs), estabelecendo um teto de R$ 15 mil para essas operações. Essa medida visa combater a utilização dessas plataformas por organizações criminosas para lavagem de dinheiro. Segundo o BC, apenas uma pequena parcela das contas do sistema financeiro será impactada.