Acordo UE-Mercosul: Proposta Avança em Meio à Oposição Francesa

A Comissão Europeia deve apresentar nesta quarta-feira (3) uma proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, buscando aprovação para impulsionar a economia europeia. A iniciativa visa compensar tarifas impostas por outros países e diminuir a dependência da China em relação a minerais essenciais. Alemanha e outros países da UE apoiam o acordo, visando novos mercados para seus produtos.

As negociações entre a União Europeia e o Mercosul, bloco composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, foram concluídas em dezembro do ano passado, após cerca de 25 anos de discussões. A aprovação do acordo requer uma votação no Parlamento Europeu e uma maioria qualificada entre os governos da UE, com 15 dos 27 membros representando 65% da população da UE. A aprovação, contudo, não é garantida.

A Comissão Europeia e os países proponentes argumentam que o acordo é crucial para mitigar perdas comerciais decorrentes de tarifas impostas por outros países e reduzir a dependência da China, especialmente no que diz respeito a minerais importantes para a indústria europeia.

Em busca de novas alianças comerciais, a UE tem intensificado as negociações com diversos países e aprofundado os laços com parceiros existentes, como Reino Unido, Canadá e Japão. O acordo com o Mercosul é considerado o maior já firmado em termos de reduções tarifárias.

A França, no entanto, manifesta forte oposição ao acordo, classificando-o como “inaceitável”. Agricultores europeus protestaram, temendo a importação de produtos sul-americanos mais baratos, especialmente carne bovina, que não atenderiam aos padrões de segurança alimentar e ambientais da UE. A Comissão nega essas alegações.

Grupos ecologistas europeus também criticam o acordo, alertando para possíveis impactos negativos no clima. A aprovação do acordo enfrenta resistência no Parlamento Europeu e entre os governos da UE, com a possibilidade de Polônia e Itália se unirem à França na oposição.

Apesar da oposição, defensores do acordo destacam o potencial do Mercosul como um mercado crescente para carros, máquinas e produtos químicos europeus, além de uma fonte confiável de minerais essenciais para a transição verde, como o lítio para baterias. O acordo também poderia beneficiar a agricultura europeia, ampliando o acesso e reduzindo as tarifas para queijos, presunto e vinho da UE.

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