O futuro da Usina Nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, pode ser definido até o final deste ano, conforme declarações do ministro de Minas e Energia. As obras da usina estão paralisadas desde 2015, gerando incertezas sobre a conclusão do projeto.
Para embasar a decisão final, o ministro solicitou informalmente ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a entrega de estudos complementares. A urgência na apresentação desses estudos foi enfatizada durante o pedido.
A necessidade de novos estudos se justifica pelo tempo decorrido desde o último levantamento realizado. A próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), prevista para este mês ou, no mais tardar, no início de novembro, deverá abordar o tema.
O CNPE aprovou uma resolução que determina que a Eletronuclear e o BNDES atualizem os estudos sobre a modelagem econômico-financeira para a conclusão de Angra 3. A resolução estabelece que os estudos considerem, no mínimo, três cenários distintos: a manutenção dos termos do acordo com investimento firmado entre a Eletrobras e a ENBPar, com a participação de um sócio privado; a conclusão do empreendimento com recursos exclusivamente públicos, provenientes da ENBPar e da União; e o detalhamento do custo de abandono do projeto, com uma avaliação dos impactos para todas as partes envolvidas.
O ministro de Minas e Energia tem defendido a retomada das obras da usina, argumentando que o empreendimento fortaleceria o sistema integrado nacional com energia limpa, firme e de base, contribuindo para a segurança energética do país. A Usina Nuclear de Angra 3 é um projeto da Eletronuclear.
