As contas do governo federal apresentaram um déficit primário de R$ 15,6 bilhões em agosto, de acordo com informações do Tesouro Nacional. Este resultado representa o menor déficit para o mês de agosto desde 2021, quando o valor negativo atingiu R$ 11,3 bilhões. Em comparação com agosto de 2024, quando o déficit foi de R$ 22,2 bilhões, houve uma melhora significativa no desempenho das contas públicas.
O déficit primário ocorre quando as despesas do governo superam as receitas provenientes de tributos e impostos, sem considerar os gastos com juros da dívida pública. A situação inversa, com receitas superiores às despesas, configura um superávit primário.
No acumulado dos oito primeiros meses do ano, as contas do governo acumulam um déficit de R$ 86,1 bilhões. Este valor também representa uma melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit alcançou R$ 98,4 bilhões.
No período de janeiro a agosto deste ano, a receita líquida totalizou R$ 1,527 trilhão, registrando um aumento real de 3,9%. As despesas totais do governo, por sua vez, somaram R$ 1,611 trilhão no mesmo período, com um aumento real de 2,4%.
A meta fiscal estabelecida para este ano é de déficit zero, buscando o equilíbrio entre receitas e despesas. No entanto, o arcabouço fiscal permite um déficit de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a aproximadamente R$ 31 bilhões, sem que a meta seja formalmente descumprida. O governo projeta encerrar o ano com um déficit de R$ 73,5 bilhões, mas, considerando a permissão para descontar despesas com precatórios, a estimativa oficial é de um déficit de R$ 30,2 bilhões, dentro do limite inferior da meta estabelecida.
Fonte: g1.globo.com
