O hemisfério sul celebra nesta segunda-feira, 22 de setembro, o equinócio de primavera, um fenômeno astronômico que marca o início da estação das flores. Este evento, que ocorre duas vezes ao ano, também no começo do outono, é definido pela posição do Sol em relação à Terra. A órbita elíptica do planeta e seu eixo inclinado são os responsáveis pela variação na incidência dos raios solares, originando as distintas estações do ano.
O equinócio se caracteriza pelo momento exato em que ambos os hemisférios terrestres recebem uma quantidade igual de luz solar, resultado do Sol se posicionar diretamente sobre a linha do Equador. Essa configuração resulta em dias e noites com durações praticamente idênticas, característica que inclusive dá origem ao nome “equinócio”, derivado do latim “aequinoctium”, união de “equus” (igual) e “nox” (noite), significando “noites iguais”.
A partir de agora, no hemisfério sul, os dias gradualmente se tornarão mais longos que as noites, um processo que culminará no solstício de dezembro. No hemisfério norte, o cenário é inverso, com o início do outono e o aumento da predominância das noites sobre os dias.
Além dos equinócios, os solstícios, que ocorrem no início do verão e do inverno, representam outros momentos cruciais. O solstício de verão assinala o dia mais longo do ano, enquanto o solstício de inverno marca o dia mais curto e, consequentemente, a noite mais longa.
A diferença na duração dos dias e das noites é influenciada pela posição da Terra em relação ao seu próprio eixo e ao seu plano de órbita ao redor do Sol. A inclinação de 23,5º do planeta em relação ao plano de órbita faz com que os raios solares atinjam a superfície de maneira desigual ao longo do ano, determinando as estações. Quando um hemisfério está no verão, recebe mais luz solar; no inverno, recebe menos. Os equinócios representam os momentos em que o eixo da Terra não está inclinado nem em direção ao Sol, nem em oposição a ele, resultando em uma distribuição quase equitativa de luz e escuridão.